Chamo-me Stephen King. Estou a escrever a primeira versão desta parte na minha mesa (aquela sob o telhado inclinado), numa manhã de neve de dezembro de 1997. Tenho algumas coisas na cabeça.
Escrever, a autobiografia da arte de Stephen King, será publicado a 10 de julho. Considerado pela Time um dos melhores 100 livros de não ficção de todos os tempos, este registo de memórias do mestre do suspense revela a sua história familiar e, sobretudo, o relacionamento com a escrita.
Iniciada em 1997, esta obra permitiria a Stephen King falar sobre o seu trabalho e sobre si. Contudo, em 1999, um grande acidente quase lhe tirou a vida e, nos meses de recuperação, o nexo entre a escrita e a existência tornou-se mais crucial do que nunca para o escritor. O resultado? Uma obra clara, útil e reveladora. Escrever é um relato fascinante que, partindo da experiência concreta do autor, proporcionará aos leitores uma nova perspetiva sobre a formação de um escritor, com conselhos práticos e inspiradores sobre todas as fases, desde o desenvolvimento da intriga e a criação das personagens até aos hábitos profissionais e à fuga ao trabalho.
Publicada originalmente em folhetim na New Yorker e vivamente aclamada, esta obra culmina com um testemunho comovente do modo como a necessidade irresistível de escrever estimulou a recuperação de Stephen King e o trouxe de volta à vida. Brilhantemente estruturado e cativante, este livro ensinará – e divertirá – todos os que o lerem.
Começa assim: coloque a mesa num canto e, sempre que se sentar para escrever, lembre-se da razão de ela não estar no meio da sala. A vida não é um suporte à arte. É exatamente o contrário.