2025-03-18

Julia Navarro regressa ao melhor do romance com «O Menino Que Perdeu a Guerra»

Um livro extraordinário e de grande fôlego sobre a identidade, a liberdade, o poder transformador da arte e a injustiça dos totalitarismos. Com mais de 160 000 exemplares vendidos em Espanha, O Menino Que Perdeu a Guerra chega às livrarias portuguesas a 20 de março.

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Depois de 35 anos de carreira como uma das jornalistas mais respeitadas de Espanha e outros 20 após a estreia na ficção, Julia Navarro, uma das autoras mais reconhecidas do panorama literário espanhol, regressa às livrarias portuguesas na próxima quinta-feira, dia 20 de março, com o seu muito aguardado novo romance. Dedicado a todos os que disseram, dizem e, no futuro, continuarão a dizer «Não!», O Menino Que Perdeu a Guerra é, além de um romance com uma componente histórica e de saga familiar sublimes, uma crítica demolidora ao regime comunista soviético de Estaline e, também, uma crítica demolidora ao regime fascista de Franco, em Espanha: um e outro extremo das ideologias totalitárias que marcaram o século XX.

 

Através de dois fios narrativos, um em Espanha e outro na Rússia, é-nos possível acompanhar o dia-a-dia de duas famílias: em Espanha, do lado dos «perdedores» na Guerra Civil, que se veem depois perseguidos, humilhados e mortos às mãos do fascismo; na Rússia, do lado dos revolucionários, que, mesmo depois de partilharem e contribuírem diretamente para o «sonho» comunista, se veem igualmente controlados, maltratados e, em última instância, exilados e mortos também.

 

Tanto num regime quanto no outro, Julia Navarro não se poupa – nem aos leitores – a uma descrição poderosa e sem contemplações das várias atrocidades cometidas e dos direitos negados. Desterrado entre estes dois desfechos está Pablo, uma criança espanhola que é enviada para a Rússia na expetativa de que possa viver melhor na terra da igualdade entre todos os trabalhadores.

 

Mas, além de filhos, esta é também uma história de mulheres, de mães, pois são também elas as grandes protagonistas: Clotilde em Espanha e Anya na Rússia. Ambas sofrerão terrores à mão destes regimes totalitários, contudo, serão elas e os seus ideais a vencer – e essa será precisamente a história dos seus filhos.

 

Uma criança. Duas ideologias. Com tradução do espanhol de Rita Custódio, O Menino Que Perdeu a Guerra é uma leitura obrigatória para quem procura, com emoção, refletir sobre o nosso passado e compreender o presente.