«Das histórias e instantâneos que ficaram na argila, sabemos que estas pessoas antigas não eram assim tão diferentes de nós», escreve a autora na introdução de A Mesopotâmia Antiga e o Nascimento da História. Doutorada em Estudos Orientais na Universidade de Oxford, Moudhy Al-Rashid reconstitui o passado das pessoas que viveram na Mesopotâmia através de vestígios arqueológicos de civilizações milenares.
A antiga Mesopotâmia, o território compreendido entre os rios Tigre e Eufrates e berço de Sumérios, Babilónios e Assírios, terá sido um importante centro cultural. As civilizações que habitaram a região no século VI A.E.C partilharam um sistema de escrita em forma de cunha, o cuneiforme, que marca um ponto de viragem na história da humanidade.
O cuneiforme permitiu a criação dos primeiros testemunhos escritos do quotidiano dos povos da Mesopotâmia, pelo que, através da investigação de milhares de tábuas de argila, se encontram registos de observações de eclipses lunares, exemplos de matemática avançada, registos de nascimentos e até mesmo receitas de cerveja.