Jaime Neves por Rui Azevedo Teixeira
"No dia 13 de julho de 1995, é concedido pelo Presidente da República Mário
Alberto Nobre Lopes Soares ao coronel de infantaria comando Jaime Alberto
Gonçalves das Neves a mais alta condecoração portuguesa. É a imensa
notícia que o Tigre esperava há muito. Há muito já que tinha direito à distinção
suprema. Desde esse dia, Jaime Neves é membro oficial da aristocracia da
coragem portuguesa. Como pouquíssimos outros, entre eles Alpoím Calvão,
Abreu Cardoso ou Lobato Faria, pode ostentar o grau de Grande-Oficial com
palma da Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, cujo
texto legislativo fundador é de Almeida Garrett. Para a máxima distinção oficial
da Nação, as razões apontadas no texto de Soares, através de cinco
considerandos, são: a "brilhante e valorosa carreira militar" durante a qual
"prestou altos serviços às Forças Armadas e à Pátria, marcados pelo
heroísmo, abnegação, altruísmo e notável espírito de decisão"; a ação na
Guerra de África, onde "no comando de tropas em campanha revelou
invulgares qualidades de chefia, espírito de missão, coragem e sangue frio em
ações de alto risco debaixo de fogo"; a atuação em Portugal onde "teve uma
participação decisiva nas acções militares que conduziram à restauração da
democracia em Portugal e à sua intransigente defesa, nomeadamente pela sua
atuação em 16 de março de 1974, em 25 de abril de 1974, e em 25 de
novembro de 1975"; e ainda devido às "qualidades de carácter, generosidade e
frontalidade que são timbre da sua personalidade e o prestígio nacional que
goza, quer entre os seus camaradas de armas, quer na sociedade civil". E
porque a Torre e Espada é o corolário maior de outras importantes distinções
oficiais, Jaime Alberto Gonçalves das Neves recebe-a também devido às
"elevadas condecorações e significativos louvores" que foi colecionando ao
longo da vida de profissional das armas... "
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