Subversão. Vigilância. Chantagem sexual. Logro. Falsificação. Intriga política. Estas são apenas algumas das técnicas que integraram o pacote de operações secretas perpetradas ao longo de cinquenta anos pelo KGB para desestabilizar o Ocidente. Ainda hoje aplicados pelo FSB – herdeiro da estratégia de ação e da paranoia do combate às «nações não amigáveis» da extinta agência de espionagem russa –, são também os componentes-chave da política externa de Vladimir Putin, ele próprio ex-agente do KGB e militante da noção de que guerra e política coabitam na mesma esfera.
Em Manipulação – O KGB e as Democracias Ocidentais, que a Bertrand Editora faz chegar às livrarias a 20 de julho, o jornalista e historiador Mark Hollingsworth traça o retrato de uma agência de espionagem imune a qualquer tipo de responsabilização, cujas operações clandestinas continuam a assombrar o Ocidente.
Explorando a intervenção da Rússia na política ocidental ao longo de cinco décadas, Hollingsworth revela, numa extraordinária e criteriosa investigação, como o financiamento dissimulado de políticos, a desinformação, o recrutamento de agentes, o kompromat e a vigilância secreta continuam a desempenhar papéis fundamentais, nomeadamente na guerra da Rússia com a Ucrânia.