Não Posso Ser Quem Somos?
Em resposta a essas questões, neste livro discutimos vários processos de identificação, individual e social. Mostramos como se constroem à direita o discurso e as práticas do ódio, ou como estabelece o medo como norma social. Verificamos que a direita se radicalizou no tempo de Trump e de Bolsonaro por ser obsessivamente identitarista.
E discutimos como a democracia deve responder a este autoritarismo galopante, reconhecendo as identidades como experiência da diferença e como afirmação de direitos, mas não deixando de se bater também por uma política que constitua uma resposta inclusiva e universal, promovendo a distribuição social contra a desigualdade social e económica.
Assim, o livro defende que o modo de enfrentar o trumpismo é a conjugação entre reconhecimento de identidades que exprimem a vida de comunidades e uma alternativa socialista clara.
Baseando-se na experiência e debates dos movimentos feminista e antirracista, bem como de movimentos sociais das últimas décadas, os autores desafiam a maldição de Bannon e apontam caminhos para uma sociedade em que posso ser quem sou e podemos ser quem somos.