2020-09-11

Estamos a recuar na luta pelos direitos cívicos e sociais? Novo livro debate identidades e estratégia política da esquerda

Não Posso Ser Quem Somos?, de Andrea Peniche, Bruno Sena Martins, Cristina Roldão e Francisco Louçã chega às livrarias a 11 de setembro.

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No seu novo livro, Andrea Peniche, Bruno Sena Martins, Cristina Roldão e Francisco Louçã abordam os movimentos sociais das últimas décadas, discutindo vários processos de identificação, individual e social, e caminhos para uma sociedade em que posso ser quem sou e podemos ser quem somos. Não Posso Ser Quem Somos? – Identidades e Estratégia Política da Esquerda chega às livrarias a 11 de setembro.

 

Quando Donald Trump foi eleito o 45.º presidente dos Estados Unidos da América, o seu ideólogo e diretor de campanha, Steve Bannon, terá afirmado «quero que [eles] falem de antirracismo todos os dias. Se a esquerda está focada em raça e identidade e nós avançamos com o nacionalismo económico, esmagamo-los». Mas terá sido esse o ponto de partida para o crescimento dos movimentos nacionalistas e dos ideais de direita? Ou será que, por outro lado, estamos a recuar na luta pelos direitos cívicos e sociais?

 

Quatro autores peritos nas suas áreas falam-nos dos temas mais relevantes e fraturantes da discussão política e social dos dias de hoje. Lembrando os movimentos sociais que marcaram o século XX, como o feminismo, a libertação gay, e as contantes lutas pelos direitos cívicos de todos os povos, a política identitária tornou-se o tema mais importante na discussão da estratégia política desde a eleição de Trump e desde o Brexit, com reflexos também nas nossas eleições legislativas.

 

Neste livro, os autores baseiam-se na experiência e nos debates dos movimentos feminista e antirracista, bem como de outros movimentos sociais, surgidos nas últimas décadas, para desafiar a maldição de Bannon e apontar soluções para uma esquerda democrática que lute pela defesa dos direitos sociais.