O Memorial dos Livros Naufragados
No auge da era da exploração marítima, Hernando viajou com Colombo na sua última viagem ao Novo Mundo, uma viagem que terminou em desastre, motim sangrento e naufrágio. Após a morte de Colombo em 1506, Hernando, de 18 anos, procurou continuar - e superar - a campanha do seu pai para explorar as fronteiras do mundo conhecido, construindo uma biblioteca que recolheria tudo o que fora impresso até então: uma vasta exploração organizada por resumos e catálogos, o primeiro motor de busca para a diversidade explosiva de matéria escrita à medida que a imprensa proliferava por toda a Europa.
Hernando acumulou inquieta e obsessivamente a sua coleção com base na convicção inovadora de que uma biblioteca de conhecimento universal deve incluir «todos os livros, em todas as línguas e sobre todos os assuntos». A perda de parte da sua coleção para outro desastre marítimo, em 1522, desencadeou a luta final para completar este projeto sublime, uma corrida contra o tempo para realizar uma visão da perfeição quase impossível.
O relato de Edward Wilson-Lee sobre a vida de Hernando é um testemunho da bela loucura dos amantes de livros, um mergulho na revolução da informação da Europa do século XVI, e um reflexo da paixão e das intrigas que estão por trás das nossas próprias tentativas de trazer ordem ao mundo de hoje.