A Caixa dos Botões de Gwendy
Gwendy Peterson tem 12 anos. Com um pouco de peso a mais para a idade, é a vítima preferida de Frankie, o bully de serviço da escola. Para se ver livre da perseguição, o plano de Gwendy para o verão é simples: subir as Escadas do Suicídio - um promontório elevado que deve o nome a um acontecimento trágico há vários anos - as vezes necessárias até emagrecer, para que o paspalho do Frankie a deixe em paz.
Um dia, enquanto recupera o fôlego após mais uma subida, Gwendy é surpreendida por uma inesperada aparição: vestido de preto, com um casaco apesar da manhã quente de agosto e um elegante chapéu, um homem apresenta-se-lhe educadamente como sendo Richard Farris. «Um homem errante», nas suas palavras, que fica de olho em certas pessoas - e Gwendy é uma das que tem andado a observar. Como a todas as crianças, também a Gwendy foi dito mil vezes que nunca falasse com estranhos, mas o tipo parece especial e é convincente. Tem, além disso, um presente para esta rapariga tão conscienciosa e responsável, um presente que talvez seja mesmo aquilo de que ela precisa de momento: uma caixa de mogno, com duas alavancas e vários botões coloridos.
A caixa dos botões ficará a partir de agora ao cuidado de Gwendy. Mas as pessoas são curiosas, e quando veem uma alavanca querem puxar e quando veem um botão querem carregar. Já aquilo que Gwendy poderá alcançar pressionando os botões depende inteiramente dela. Para o bem e para o mal…