A Pantera das Neves
O grupo de quatro pessoas aterra em Pequim e enceta a viagem até ao planalto, a cinco mil metros de altitude, que é o seu destino, avançando para panoramas cada vez mais majestosos e desérticos.
Quanto mais se afastam da presença humana, mais a natureza se afirma, vibrante de vida selvagem, protegida dos efeitos nefastos da civilização. Aqui, manadas de antílopes, cabras montesas, iaques viajam quilómetros por prados sem fim. O autor descobre a possibilidade de um ritmo diferente. Enérgico e sempre insatisfeito, descobre na contemplação de Vincent, o apelo da quietude. E encontra, na natureza intocada à sua volta, o desejo de renúncia e a vontade de pertencer a um todo. A viagem torna-se uma exploração interior pela contemplação, pelo silêncio e por um outro ritmo de vida a par de uma reflexão sobre as consequências desastrosas da atividade humana sobre o mundo animal.