«O Holocausto implicou a perseguição sistemática e o assassínio em massa de seis milhões de judeus, mas também de ciganos sinti e rom (…) e, deste modo, uma enorme lista. Ou seja, todos aqueles que a Alemanha nazi via como cidadãos de segunda.» É deste modo que Eric Frattini inicia «A Fuga dos Nazis», um livro de referência sobre um período oculto da História, no qual relata a fuga de alguns dos maiores criminosos nazis após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Adolf Eichmann, o arquiteto do Holocausto, Josef Mengele, o Anjo da Morte de Auschwitz, Franz Stangl, a Morte Branca. Estes e muitos outros impiedosos nazis acusados de genocídio e crimes hediondos contra a Humanidade são também aqueles que conseguiram evadir-se e evitar o julgamento em Nuremberga — uma fuga imperdoável que ainda hoje envergonha inúmeras pessoas e organismos. Baseando-se em documentos reais e fidedignos, o autor analisa e explica as circunstâncias que permitiram que as mais importantes figuras do III Reich escapassem da Europa através da chamada Rota das Ratazanas (ou Ratlines), um plano pensado e executado por figuras de topo de várias instituições internacionais.
Numa narrativa minuciosa — e graças à sua capacidade incontornável de exposição da verdade —, Frattini revela como o cinismo de uns, misturado com a maldade ímpia de outros, permitiu que as principais figuras nazis escapassem impunes. «A Fuga dos Nazis», que conta com um prefácio de Joshua Ruah, é por isso um livro essencial sobre um período do pós-guerra pouco conhecido, fazendo um relato perturbador mas fundamental que elucida o leitor sobre a teia de protecionismo no Vaticano e noutras instituições face ao aparelho nazi.
O livro é publicado em Portugal a 2 de novembro pela Bertrand Editora. O autor estará em Lisboa de 7 a 9 de novembro de 2018 para promover o livro, encontrando-se disponível para entrevistas.
2018-10-22